Nos jatinhos que o deputado Arthur Lira (PP-AL) usa para cruzar o país em busca de votos para sua corrida pela cadeira hoje ocupada por Rodrigo Maia (DEM-RJ) sempre há lugar para o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que está em seu primeiro mandato na Câmara.
O problema é que Luis Miranda é do mesmo partido de Maia, que, como se sabe, moveu mundos para construir a candidatura Baleia Rossi (MDB-SP).
O DEM apoia formalmente Baleia, assim como outros dez partidos.
Miranda declarou que “não quer estar do lado do PT”, partido que também empresta apoio ao candidato de Maia. É natural: eleito por sua popularidade no YouTube, o camarada é bolsonarista de carteirinha, americanófilo, anticomunista e viveu uma rápida lua-de-mel com a China ao participar do Trem da Alegria do começo de 2019, a viagem de deputados ao país, especialmente os do PSL, que acabou sendo ridicularizada por Olavo de Carvalho.
Desde o começo do mandato, Miranda mostrou independência em relação aos ditames partidários, e isso tem criado insatisfações na cúpula.
A expressão “infidelidade partidária” tem sido ouvida aqui e ali em gabinetes estrelados do partido.