É uma triste ironia o time do Bahia ter um de seus jogadores envolvidos numa acusação de racismo. Os dirigentes do futebol brasileiro dão uma boiada para não mobilizar time, instituições e torcidas para combater causas como racismo, desigualdade social e injustiças de modo geral.
Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, é a raríssima exceção que confirma a regra.
E aí houve domingo.
Nesse dia, durante o jogo Flamengo e Bahia, no Maracanã, o jogador colombiano Ramirez, do tricolor baiano, foi acusado pelo apoiador Gérson, do Rubro-negro, de ter dirigido a ele ofensas racistas.
Ao jornal O Globo, Bellintani disse: “Posso dizer com um bom nível de orgulho: quis o destino que um dos clubes mais antirracistas do Brasil tivesse um atleta acusado de racismo”.
“Foi, com folgas e sem dúvida alguma, o meu pior dia como presidente do Bahia.”