Por Anderson Antunes
Recém-lançado no Netflix, a minissérie documental Quarto 2806: A Acusação virou hit da plataforma de streaming.
Baseada no escândalo sexual que estourou em 2011 e envolveu Dominique Strauss-Kahn, o DSK, então diretor-geral do Fundo Monetário Internacional e favorito nas pesquisas para derrotar Nicolas Sarkozy nas eleições presidenciais da França daquele ano, a atração foi dirigida pelo francês Jalil Lespert, o mesmo por trás da elogiada cinebiografia do estilista Yves Saint Laurent, de 2014.
A produção não trata apenas da compulsão sexual que resultou na queda de DSK após ter sido acusado de tentar violentar a camareira Nafissatou Diallo na suíte presidencial do Hotel Sofitel de Nova York, mas também de como parte da mídia internacional tratou a questão.
Outro ponto de vista abordado por Lespert é o da jornalista e apresentadora de televisão Anne Sinclair, mulher de Strauss-Kahn e herdeira de uma das maiores fortunas da França. Mesmo diante da humilhação que passou, a neta do colecionador de arte Paul Rosenberg não abandonou subitamente o marido, mas apenas dois anos depois, após outra acusação de crime sexual vir à tona.
Vale lembrar que o executivo acabou se livrando de uma condenação à Harvey Weinstein depois de firmar um acordo fora dos tribunais estimado em milhões de dólares com a camareira.