Por Bernardo Bittar, de Brasília
Minimizar a segunda onda da pandemia causada pela covid-19, pelo visto, foi um argumento criado sob medida para para que os prefeitos candidatos à reeleição mão tivessem que arcar com a perda de popularidade — e votos — da medida.
Passado o vuco-vuco, bastou o resultado nas urnas sair para que a palavra maldita — lockdown — volte a ser pronunciada sem mais aquela.
No Recife, a expectativa é que festas marcadas com antecedência tenham que reduzir o número de convidados ainda mais. Assim, muitos estão desistindo de organizar eventos por acharem que o lucro será pequeno demais.
A princípio, as autoridades de São Paulo não falam em decretar lockdown. No Rio de Janeiro, mesmo com a alta de casos, ainda não houve nenhuma medida semelhante, embora o governo tenha endurecido as restrições.
Em Brasília, cujo calendário eleitoral está alinhado à eleição de presidente, governadores e deputados, bares e restaurantes devem fechar até 23h. Festas como Natal e Réveillon terão horário flexibilizados em uma hora — e só. Nenhum clube ou centro de entretenimento pode funcionar.