Por Bernardo Bittar, de Brasília
Após semanas de negociação discreta com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por carta, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse a interlocutores do Planalto que está “muito feliz com o resultado das conversas”.
Bolsonaro procurou Putin para viabilizar a soltura de um motorista que saiu do Brasil com remédios ilegais.
O acordo está para ser fechado e, Robson Nascimento de Oliveira, liberado. Mas, se para Bolsonaro, o caso é tratado como uma vitória, nos corredores do Palácio do Planalto existe um problema rondando o PR.
“Não se pode confundir uma anistia bem sucedida com o início de uma relação bilateral sem precedentes. É necessário deixar bem claro que esse approach do presidente brasileiro foi apenas para uma situação específica que beneficiará o Brasil”, declarou um integrante do gabinete presidencial.
Assessores palacianos calculam que, com a derrocada de Donald Trump nos Estados Unidos, Bolsonaro inicie novo namoro, desta vez, com Putin.
O elogio que Putin fez recentemente ao homólogo brasileiro na condução da crise do coronavírus – e que Bolsonaro interpretou como uma exaltação à masculinidade tropical do brasileiro – parece estar fermentando.