Aliados do ex-presidente Michel Temer tentam emplacá-lo como espécie de relações públicas do Brasil junto a Joe Biden; falta combinar com os russos, digo, com Bolsonaro
Por Bernardo Bittar, de Brasília
O ex-deputado e ex-prefeito de Santos (SP), Beto Mansur (MDB) tem defendido por aí a ideia de que seu amigo, o ex-presidente Michel Temer, pode se tornar uma espécie de relações públicas do Brasil nos Estados Unidos.
Mansur sustenta que Temer é suficientemente próximo de Joe Biden, eleito presidente norte-americano neste fim de semana, e conseguiria abrir portas na nova gestão.
E ter portas abertas com Biden é algo que o trumpismo explícito de Bolsonaro, que ainda não parabenizou o presidente eleito dos Estados Unidos pela vitória, talvez venha a precisar.
O problema de Mansur e Temer é que falta combinar com os russos, digo com Bolsonaro e seus filhos.
Temer foi indicado por Bolsonaro para representar o Brasil no Líbano, numa missão humanista logo após a grande explosão do porto de Beirute, mas o relacionamento entre os dois não é exatamente suave.