O produtor brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Filmes, que produziu Me chame pelo seu nome, filme ganhador do Oscar de roteiro adaptado, está sendo processado nos Estados Unidos pelo investidor brasileiro Luiz Mussnich, que o acusa de ter montado uma espécie de pirâmide financeira com os recursos que captava para seus filmes.
A ação corre na corte central de Los Angeles e foi noticiada pelo jornalista Lúcio de Castro, em seu site SportLight.
O “infiltrado em Hollywood”, como um texto de apresentação do site da própria RT Filmes define Teixeira, é acusado na peça de promover campanhas de arrecadação para pagar dívidas pregressas, enganando os patrocinadores. Mussnich também alega, no processo, ter tido contato com colaboradores de Teixeira que lhe disseram que fundos eram levantados para filmes que não seriam produzidos.
Teixeira, que tem sua produtora legalmente constituída no estado de Delaware (Costa Leste americana) por razões fiscais, está por trás de produções de grande prestígio como A vida invisível de Eurídice Gusmão e Rede de Espiões, do ator e agora diretor francês Olivier Assayas, entre outros.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a RT enviou a PODER Online a mesma nota antes transmitida ao SportLight:
“Em relação à ação impetrada pelo Sr. Luiz Mussnich, as alegações por ele apresentadas são improcedentes. A queixa carece totalmente de substância ou mérito jurídico e a RT Features, uma produtora respeitada, com quinze anos de mercado, que já produziu mais de trinta filmes e cinco séries no Brasil e no exterior, além de indignada com as acusações que lhe são imputadas, está totalmente confiante em um resultado favorável na Justiça.”
Atualização: ainda por meio de sua assessoria de imprensa, Rodrigo Teixeira diz que pretende entrar com medidas “nas esferas cível e criminal” contra Mussnich.