Quatro mulheres de poder de que você vai ouvir falar bastante
Quatro mulheres de poder de que você vai ouvir falar bastante
04/março/2021 por Lincoln
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Ursula von der Leyen Primeira mulher a dirigir a União Europeia, a belga que cresceu na Alemanha talvez pensasse duas vezes antes de aceitar a incumbência caso alguém dissesse que em seu “job description” haveria a missão de liderar 450 milhões de pessoas de 27 países durante a pior pandemia dos últimos 100 anos. A Europa vem enfrentando muitas dificuldades com as campanhas de vacinação nacionais e as entregas de vacinas compradas feitas para todo o bloco. Num artigo escrito a pedido da revista The Economist, ela manifestou o desejo de conduzir a União Europeia para uma posição de liderança global e associou diretamente essa liderança às ações pelo clima. Um “green deal” europeu está em curso, com a meta de reduzir a emissão de carbono em até 55% até 2030 (quando comparado com 1990) e atingir a neutralidade em 2050. Antes de chegar ao comando rotativo da União, Ursula serviu por uma década e meia nos gabinetes de Angela Merkel. Nos últimos seis anos ela foi secretária de Defesa.(Crédito: European Parliament)
Ngozi Okonjo-Iweala Por duas vezes ministra da economia de seu país, a Nigéria, ela agora substitui o brasileiro Roberto Azevêdo no comando da Organização Mundial do Comércio (OMC). O momento é mais auspicioso para a entidade, com a volta de certa normalidade democrática aos Estados Unidos e o respeito ao multilateralismo retornando à pauta. Okonjo-Iweala é a primeira mulher e a primeira pessoa oriunda da África a chefiar a OMC. Com especialização em economia do desenvolvimento pela Harvard School norte-americana, a nigeriana esteve por 25 anos no Banco Mundial, ascendendo até a diretoria executiva, e foi considerada a melhor ministra da economia de todos os países em 2005 pela revista Euromoney. Ao assumir o posto na OMC, ela disse estar desejosa de dar uma “sacudida” na organização.(Crédito: WikiCommons)
Mary Barra Chairman e CEO da GM, dirige a montadora norte-americana desde 2014 e agora imprime uma condução resoluta rumo à era do motor elétrico (e também do veículo autoguiado). Barra quer limitar a fabricação de veículos movidos a combustível fóssil pela GM até 2034. A executiva vem se destacando também por dar atenção à equidade de gênero na montadora. Segundo a edição norte-americana da revista Forbes, a GM em 2018 foi uma das raras empresas globais a não ter “gap” no valor pago a seus funcionários em função de questões de gênero. Barra foi remunerada em US$ 21,6 milhões em 2019, a maior compensação financeira entre os líderes das tradicionais montadoras americanas – a Tesla, de Elon Musk, não entra nesse grupo. (Crédito: Stuart Isett/Fortune)
Ana Patricia Botín Tendo assumido a direção do banco Santander com a morte do pai, Emílio, em 2014, ela se tornou a única CEO mulher de um dos maiores bancos globais. Esteve no Brasil em 2018, convidada pelo grupo Mulheres do Brasil, e impressionou por sua forma física invejável aos 57 anos e pela assertividade sem perder a ternura feminina, como atestaram as mulheres que foram ao evento. Nesse dia, ela relatou à anfitriã Luiza Helena Trajano ter trocado a graduação em Harvard, nos Estados Unidos, pelo Bryn Mawr College, na vizinhança de Filadélfia, por imposição do pai, que via Harvard como um ambiente muito masculino. O Santander vem sendo elogiado por criar um ecossistema propício ao empreendedorismo, incubar fintechs, desenvolver soluções digitais para transferências internacionais e, claro, por atuar firmemente em todas as operações mundiais pela condução de mais mulheres aos postos de liderança. (Crédito: WikiCommons)