MadeiraMadeira– Varejista online e marketplace de móveis e utensílios domésticos, foi fundado em 2009 em Curitiba e neste 2021 recebeu aporte de US$ 190 milhões liderado pelo arcanjo Gabriel das startups brasileiras, o japonês Softbank. A empresa dobrou de tamanho em 2020, abreviando com isso a rodada de captação de investimentos que a fez unicórnio, prevista originalmente para 2022. Hoje conta com 19 lojas físicas (15 no estado de São Paulo e 4 na região metropolitana de Curitiba) que servem de degustação – a venda segue online. A empresa tem um braço interno de logística e lançou uma marca própria de mobiliário. Entre os sócios da startup está Robson Privado, que ganhou certa notoriedade por ser o primeiro cofundador negro de uma startup brasileira avaliada em US$ 1 bilhão – a definição de unicórnio nesse “ecossistema”.
Creditas– Assim como a MadeiraMadeira, a startup teve um desempenho galáctico no ano 1 da pandemia, dobrando o faturamento em relação a 2019 em apenas 9 meses. Kaszek, Softbank, Amadeus e outros fundos facultaram, numa rodada em dezembro em que a Creditas captou US$ 255 milhões, que a fintech fosse avaliada em US$ 1,75 bilhão, arrebatando o título tão desejado. A fintech do CEO Sergio Furio (foto) opera empréstimos a juros baixos a partir de alavancagens do próprio devedor – salário, imóveis e automóveis. Assessoria imobiliária, reformas, financiamento veicular e crédito consignado também estão no portfólio de serviços da empresa.
C6– A outra fintech tornada unicórnio recentemente mostra que a hipótese que explica o sucesso do Nubank – a de que o Brasil, mais do que ser um país de desbancarizados, trata muito mal e cobra demasiado de quem possui conta bancária tradicional – faz bastante sentido. Formada por ex-executivos do BTG, a startup recebeu em 2019 autorização do Banco Central para operar como banco digital e corretora de investimentos. A empresa, que não se vê como fintech, mas como um banco 100% digital, tem produtos diversos, como conta internacional (em dólar ou euro), tag de pedágio sem mensalidade para os clientes e possibilidade de saques em ATMs do banco 24 horas sem taxas.
Loft – Mal comparando, é uma espécie de Quinto Andar de compra, reforma e venda de imóveis. Fundada em 2018 por João Vianna, Mate Pencz e Florian Hagenbuche (foto) e tornada unicórnio menos de dois anos depois, no começo de 2020, atuou inicialmente apenas em bairros selecionados de São Paulo e Rio de Janeiro, ainda que a proptech divulgue interesse numa expansão internacional. Entre seus investidores há fundos como o Vulcan Capital e Andreessen Horowitz, que, ao contrário do Softbank, são bem menos ativos no Brasil. Assim como o Quinto Andar, a principal “dor” que a Loft se propõe combater é o da burocracia da transação imobiliária. A empresa vem se alavancando por aquisições diversas, como a da startup Uotel, que converte conjuntos de pequenos apartamentos para o padrão de hotelaria, e a fintech Invest Mais, de financiamento de imóveis.