A revista Fortune acaba de publicar sua lista das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, e líderes de 41 dessas companhias são mulheres. É o maior número nos 67 anos da relação. A primeira a aparecer, Karen Lynch, dirige a quarta empresa em faturamento do ranking, o grupo de saúde de CVS. Com 30 anos de experiência no setor, a executiva se tornou CEO da CVS em 2021, após galgar outros postos na empresa, inclusive ao comandar a Aetna, empresa de seguro-saúde que foi adquirida pelo grupo varejista de farmácias em 2018. Com formação no Boston College e MBA na Boston University, ela lidera um time de 300 mil funcionários, 70% deles mulheres; nos cargos de gerência, contudo, elas são 52%. A CVS faturou US$ 268 bi no último ano fiscal, resultado 4,6% superior ao exercício anterior. Numa definição bastante sumária em seu LinkedIn, Karen diz estar focada em “simplificar” e tornar “mais conveniente” para o consumidor o setor em que atua. Curiosamente, a CVS fracassou no Brasil. Em 2013, comprou a rede de farmácias Onofre, vendida seis anos depois à líder Raia-Drogasil, quando então CVS deixou o país. (Crédito: Divulgação/CVS Health)
Única mulher negra a liderar uma empresa listada na bolsa de Chicago (S&P), Roz Brewer trocou o Starbucks pela rede de farmácias Walgreens Boots Alliance (WBA) em 2021. Ela comanda uma empresa com 225 mil funcionários e 9 mil pontos de venda. Até fevereiro foram aplicadas 3 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 nas farmácias da WBA. Diversidade é uma questão em todo o mundo, e os Estados Unidos podem estar na vanguarda do tema, mas ainda apresenta desigualdades gritantes: ao chegar à WBA, ela deixou o conselho da Amazon – ela era a única negra lá. A entrada da varejista na área de saúde e o uso de serviços de armazenamento em nuvem da concorrente Microsoft pela WBA foram apontadas como razões para o movimento. Na WBA, 68% dos funcionários são mulheres, e 53% delas estão em postos gerenciais. (Crédito: Divulgação/Starbucks)
A executiva Mary Barra já figurou nestes pixels em lista de “mulheres de poder de que você vai ouvir falar bastante”. De fato, ela é uma rara executiva de um setor tido como eminentemente masculino, o automobilístico. Isso talvez injete uma visibilidade maior a seus passos à frente da grande montadora norte-americana, que dirige como CEO desde 2014 e acumulando essa função com a de chair desde 2016. O setor é um dos mais impactados pela economia compartilhada e pelas agruras do aquecimento global, por isso Barra quer na GM acabar com a produção de carros movidos a combustíveis fósseis em 2034. Recentemente, a GM anunciou acordo com a Lockheed Martin para desenvolver uma nova geração de veículos (rovers) de exploração da lua. Em prazo menor devem surgir carros autoguiados – como um “robotáxi” previsto para ser testado em Dubai. Para uma apresentação à Escola de Negócios da universidade de Duke, na Carolina do Norte, Barra repetiu uma frase que parece usar como lema: “Empodere as pessoas e saia da frente, e elas farão coisas extraordinárias.” (Crédito: GPA/Michael Beholder)
O setor de saúde norte-americano parece de fato um dos mais talhados para a liderança feminina. Gail Boudreaux é desde 2017 CEO da Anthem, empresa de seguro-saúde com 78 milhões de usuários. Antes, ela foi por seis anos presidente e CEO da United Healthcare, principal divisão da mastodôntica UnitedHealth Group, que no Brasil comprou a Amil. Em outra lista, a das mulheres mais poderosas da revista Forbes, aparece em décimo lugar. Operando um conjunto numeroso de planos de saúde, como o Blue Cross, a Anthem anunciou resultados auspiciosos do primeiro trimestre de 2021, de aumento de faturamento de 9% em relação ao mesmo período de 2020. “Os resultados refletem a firme execução e o foco sistemático em apoiar nossas comunidades durante a pandemia”, disse Gail. (Crédito: Divulgação/Anthem)