A se concordar com a hipótese de que nada do que publicou o jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta (22) à respeito das inconfidências golpistas do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, ainda resta a questão: que diabos um sujeito da área da Defesa estava a fazer ao falar grosso sobre a necessidade do tal voto auditável?
O “bravo matutino” afirmou e reafirmou ao longo do dia que Braga Netto, por meio de um interlocutor, fez chegar a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara Federal, a mensagem com mais ou menos o seguinte teor: ou vocês aprovam esse voto impresso ou a gente não garante as eleições ano que vem.
Como era de se esperar, nem o ministro nem Lira confirmaram a história (“narrativa”, no vocabulário bolsonarista), o que levou a manifestação ainda mais enfática do jornal. [É uma] “desinformação que gera instabilidade entre os Poderes da República, em um momento que exige a união nacional”, disse Braga Netto.
Políticos foram às redes sociais, alguns deles, como o senador Renan Calheiros (MDB-AL), pedindo a cabeça do ministro.
Suderj informa: as instituições seguem funcionando.