Em seu terceiro mandato consecutivo, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), 52 nos, é um parlamentar com traquejo na Câmara. Mas vem comendo o pão que o diabo amassou desde que o correligionário Arthur Lira (PP-AL) assumiu a presidência da Casa.
Talvez pelo fato de ambos terem sido candidatos à presidência, ou, mais provável, por Ribeiro ter sido aliado de Rodrigo Maia (DEM-RJ), Lira desprezou o relatório feito pelo paraibano, ao longo de vários meses, para a reforma tributária.
Agora Aguinaldo pode ter de enfrentar uma disputa doméstica, caso queira sair candidato ao governo da Paraíba em 2022.
Sua irmã, Daniella, 49 anos, senadora em primeiro mandato, pode ser sua nova algoz.
Dizem que Dani tem mais carisma, mais chances e mais corpo para entrar na briga com João Azevêdo (Cidadania-PB), que tentará a reeleição.
O problema é que Aguinaldo tem moral para cobrar do partido um reconhecimento por serviços prestados. Dani não passou pela Câmara Federal, chegando a Brasília direto da assembleia legislativa.
Sendo assim, Aguinaldo pode cobrar um posicionamento do partido.
Mas internamente, que fique claro, a preferência é por Daniela. Ela é tratada como fenômeno por ter decidido concorrer ao Senado apenas 10 dias antes do prazo limite – e ter levado.