A longa permanência dos militares brasileiras no Haiti, entre 2004 e 2017, à frente das forças do Minustah (missão especial militar da ONU), parece não ter resolvido os principais problemas locais, haja visto o assassinato do presidente do país caribenho, Jovenel Moise, em sua casa, nesta quarta (7).
Se não conseguiu cumprir a missão para a qual foi designada, a força militar brasileira ao menos ajudou a dar cabo de US$ 2,5 bi. Ainda há denúncias de violência contra alguns dos comandantes.
Estiveram no Haiti diversos militares que orbitam o governo Bolsonaro, como o general Augusto Heleno, o chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o presidente dos Correios, Floriano Peixoto. Outros militares que já não fazem parte do governo, como os generais Santos Cruz e Edson Leal Pujol, também passaram pelo Haiti.
Os militares citados não se manifestaram sobre o assassinato de Moise. Heleno, que é contumaz tuiteiro, fez sua última postagem nessa rede na noite de terça (6) para criticar jornalistas da CNN Brasil.
O ministro Luiz Eduardo Ramos também teve sua última postagem no Twitter nesta terça (7), quando fez a defesa do voto auditável.
O general Santos Cruz, hoje um desafeto do governo Bolsonaro, fez sua última postagem na segunda-feira (5).