Em 2020, uma pesquisa feita em 40 países com 80 mil pessoas pela Reuters Institute para medir o uso e a qualidade do consumo de notícias mostrou que Facebook (e seu aplicativo WhatsApp) é o principal meio de disseminação de fake news, ainda que os consumidores tenham dificuldade de identificá-las.
E o consumidor brasileiro é particularmente sujeito às fake news, já que 84% dos respondentes daqui disseram ter dificuldade de detectá-las, para uma média mundial de 56%.
Pois bem, o mesmo instituto voltou ao tema e acaba de apresentar os resultados de um novo levantamento. No Brasil, a confiança em notícias cuja fonte é a rede social diminuiu, ao mesmo tempo que aumentou na mídia tradicional. A confiança dos brasileiros em fontes tradicionais, o que inclui emissoras de TV como Record e SBT, chegou a 54%, um número maior do que a média mundial.
A confiança em notícias oriundas de redes sociais atingiu 34%.
O Brasil é líder mundial, entre os 46 países da pesquisa, em preocupação com as fake news: 82%. O número alto talvez expresse a preocupante disseminação dessas notícias por aqui.