O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, (PSDB) foi a pessoa mais citada na oitiva-show do deputado federal Osmar Terra, convidado a comparecer à CPI da Covid nesta terça (22) por ser uma das eminências nada pardas do já chamado “gabinete das sombras” de Jair Bolsonaro.
O tal gabinete seria o responsável pelo aconselhamento “técnico” que oferecia diretrizes a ser seguidos pelo ministério da Saúde no “combate” à pandemia de Covid-19.
O Rio Grande do Sul foi citado por Terra como um dos estados do Brasil com pior desempenho, em casos e óbitos proporcionais à sua população. . Supostamente por incúria ou imperícia de seus líderes.
Assim, foi com certa surpresa o silêncio de Leite, que só veio a se manifestar em suas redes sociais algumas horas depois de terminado o show do conterrâneo.
Escreveu Leite: “Diante do número de vezes em que o deputado Osmar Terra erra nos números e fracassa nas explicações sobre pandemia, me perguntei se devia responder a mais uma rodada de mentiras, desta vez em depoimento à CPI no Senado. Responderei, em respeito à população gaúcha.”
“Sobre as mortes no Rio Grande do Sul. De março de 2020 a 15 de maio de 2021, o dado mais recente, o excesso proporcional de óbitos do RS é de 28,1%, o terceiro menor do Brasil. Atravessamos 2020 com o menor índice. Comparar o RS com países não faz sentido epidemiológico.”
“Outro delírio [de Terra]: o de que o Rio Grande do Sul teria fechado 100 mil empresas na pandemia entre março e dezembro de 2020. O mesmo levantamento usado pelo deputado também indicou que foram criados 235.333 negócios no Estado no mesmo período. Ou seja, o saldo é positivo em 135 mil.”