Como diria o colunista Ancelmo Gois, de O Globo, não é nada, não é nada, não é nada. Ou vai ver que é. O bilionário norte-americano Warren Buffett anunciou nesta quarta (23) que deixa o conselho da Fundação Bill e Melinda Gates, a entidade filantrópica do casal que acabou de anunciar sua conturbada separação.
Por alguma razão, Warren Buffett fez questão de elogiar o CEO da fundação, Mark Suzman, “uma seleção brilhante que tem meu total apoio.”
Mas o movimento do Oráculo de Omaha não parece ter relação com o momento conturbado dos Gates, já que ele também está deixando outros conselhos de que participava – exceto o de sua empresa, a Berkeshire Hathaway.
Este “Buffett day” celebrou a filantropia. O investidor anunciou ainda a doação de US$ 4,1 bi e publicou no site de sua empresa que a data é um “milestone” – uma marca – em sua vida. “Em 2006”, escreveu ele, “me comprometi a distribuir toda a minha participação na Berkshire Hathaway – mais de 99% da minha riqueza para a filantropia. Hoje, tendo distribuído US$4,1 bi, estou a meio caminho disso”, completou.
Ele então fez considerações sobre o tema, mencionou sua irmã Doris, que morreu em 2020 e que “usou tanto seu coração como sua cabeça para ajudar milhares de pessoas num approach individualizado” –, o que chamou de “filantropia de varejo”.
Por fim elogiou seus três filhos – todos sexagenários – por fazerem esforços filantrópicos que demandam tempo e dinheiro. “Mais importante, eles são felizes de poderem se envolver na ajuda aos demais.”
“Eles têm os genes da mãe.”