Redentor volta à capa da The Economist, agora atado a bomba de oxigênio

Terceira aparição do monumento como metáfora do Brasil nos últimos 12 anos ilustra momento “deprimente” do país

The Economist 2021 || Crédito: Divulgação

A seriedade e a abrangência das análises da venerável revista The Economist talvez eclipsem duas outras qualidades excepcionais do semanário. A elegância de seus textos e a força das ideias por trás de suas ilustrações de capa.

O Cristo Redentor já foi utilizado três vezes como metáfora para a situação político-econômica do Brasil em ilustrações de capa nos últimos 12 anos.

A última capa em que o Cristo aparece é a desta semana, para a edição latino-americana da revista. E o monumento carioca agora surge atado a uma bomba de oxigênio,

O título faz menção a uma “década deprimente”, e o texto do editorial constata que, “incrivelmente”, a economia do país em 2021 é menor do que era há dez anos.

“Os desafios [do Brasil] são assustadores: estagnação econômica, polarização política, ruína ambiental, regressão social e um pesadelo ambicioso. E tem de suportar um presidente que está minando o próprio governo”, diz o texto, assinado pela correspondente no país, Sarah Maslin.

“Seus comparsas substituíram funcionários de carreira. Seus decretos têm forçado freios e contrapesos em todos os lugares”, segue Sarah, em menção a Jair Bolsonaro.

 

The Economist 2009 e 20013|| Crédito: Divulgação