O tema do estado controlador a dizer o que seus nacionais podem ou não fazer voltou a ganhar força na pandemia, com alguns poucos líderes mundiais supostamente libertários – mas no frigir dos ovos, liberticidas – procurando mostrar que estão desde sempre do lado da liberdade individual.
(E dá-lhe perseguição aos críticos).
Pois a China, o estado controlador por excelência, acaba de flexibilizar uma das regras que mais demonstram a interferência do “politburo” na vida dos cidadãos.
Xi Jinping anunciou nesta segunda (31) que a restrição de dois filhos por família (e que era de um só há pouco tempo) acaba de mudar. O teto passa agora a ser de três filhos. Ainda não se sabe quando a medida deverá ser implementada, mas o movimento já mostra uma preocupação chinesa com algo que é comum em outros países – o envelhecimento da população e os custos previdenciários a incidir de maneira violenta sobre a atividade econômica.
A pirâmide demográfica chinesa já vai assumindo o desenho mais largo no meio próprio dos países desenvolvidos, muito diferentemente do das nações africanas, alargado na base. Estima-se que a população do país pare de crescer em 2030 e depois disso a China perca 64 milhões de pessoas em duas décadas.