O lema “não se mexe em time que está ganhando” hoje não vale nem para o futebol. Alguém que dissesse isso a Pep Guardiola, hoje técnico do Manchester City, por exemplo, seria considerado um extraterrestre.
E como o mundo corporativo está algumas cabeças à frente do futebol, o anúncio de que Carlos Brito, CEO da AB InBev (que congrega a Ambev), está passando o bastão após 15 anos na liderança da operação mundial, não surpreendeu muita gente.
Brito chegou a essa função para ficar por apenas 4 anos, segundo fontes ouvidas por PODER Online.
Brito aproveitou a divulgação de resultados do primeiro tri, com um lucro maiúsculo de US$ 0,6 bi, para sair por cima. A companhia cresceu em faturamento em relação inclusive ao primeiro trimestre de 2019, no Antes do Coronavírus. Tomando como base o primeiro tri de 2020, goleada: na ocasião, a transnacional fechou com prejuízo de US$ 2,2 bi.
Na apresentação dos resultados, Brito elogiou o sucessor, o brasileiro Michel Doukeris, que comandava os negócios nos Estados Unidos. “Estou muito excitado pelo futuro de nosso negócio sob a liderança do Michel”, disse, em comunicado oficial.
“Tenho muito orgulho de ser parte de um time de 164 mil colegas pelo mundo que estão nesta nossa jornada.”
Comenta-se que o CEO que se despede vai se dedicar a uma fundação, como já fazem, aliás, seus sócios Beto Sucupira e Jorge Paulo Lemann.