Fundador do primeiro serviço de BBS – de troca de mensagens por linha telefônica, embrião da Internet comercial – no começo dos anos 1990, o paulistano filho de imigrantes sérvios Aleksandar Mandic morreu nesta quinta-feira (6), em São Paulo, aos 66 anos.
O empresário sofria de leucemia e esperava por um transplante de medula. Recentemente, chegou a contrair Covid-19, mas se recuperou.
O sistema de que foi pioneiro no Brasil começou inicialmente contatando técnicos da empresa onde trabalhava, a Siemens, e logo evoluiu para uma rede com outros usuários esparsos de BBS. Em 1995, já eram 10 mil os usuários do serviço que levava seu sobrenome.
Para os primeiros usuários da Internet naqueles anos 1990 – que liam no computador o Jornal do Brasil, por exemplo, o primeiro jornal a chegar à rede –, o sobrenome Mandic era sinônimo da rede mundial.
Em 2000, alavancado pela GP, de Jorge Paulo Lemann, e pelo Opportunity, de Daniel Dantes, colocou de pé o IG, de Internet Grátis, moldando a cara dos portais de Internet gratuitos – ou com grande parte de seu conteúdo aberto – de hoje em dia.
Mandic teve uma passagem meteórica e frustrada pela política institucional ao arriscar uma candidatura frustrada a deputado federal em 2010 pelo DEM. Ele era proprietário da WiFi Magic, que considerava uma rede social de senhas públicas de Internet de vários países do mundo.