Após determinar que o relatório sobre a reforma tributária fosse entregue nesta segunda-feira (3), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), irritou-se ao receber a notícia de que o texto do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) só chegaria nesta terça (4).
Lira não gostou nada da insubordinação do colega, ainda mais porque, embora do mesmo partido, os deputados têm lá suas diferenças e chegaram a ser, ao mesmo tempo, candidatos à presidência da Câmara dos Deputados.
Os assessores de Aguinaldo chegaram a dizer à equipe de Lira que “a determinação do presidente não tem amparo regimental”, como quem diz: “você não manda em mim”.
A expectativa é de que, dois anos após sua concepção, a reforma tributária finalmente comece a andar. O timing é péssimo, especialmente porque já começaram os trabalhos em torno da reforma administrativa, que anda aos trancos e barrancos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O risco é que uma atropele a outra e o governo acabe, por fim, sem aprovar nenhuma.