A chanceler alemã Angela Merkel teve uma careira marcada, entre outros atributos, pela precocidade. Foi ministra aos 36 anos, presidente de seu partido, o CDU, um dos mais tradicionais da Alemanha, aos 45, e chanceler aos 51. E agora que ela está a meses de se retirar da vida pública pode ver um de seus títulos ser roubado.
Se confirmar o favoritismo atual em setembro, durante as eleições, Merkel passará o comando do país para Annalena Baerbock, deputada do partido Verde, de 40 anos.
Uma pesquisa feita na quarta (21), apontou Annalena, a candidata da coligação encabeçada por seu partido, à frente dos candidatos do CDU, de Merkel, e do esquerdista SPD. Nas últimas eleições para o parlamento, os Verdes cresceram e se tornaram a segunda força da Alemanha.
Em entrevista esta semana a um dos principais jornais alemães, o Frankfurter Zeitung, ela defendeu uma posição mais firme de seu país em relação ao expansionismo russo (que realiza novas manobras militares na Ucrânia) e das práticas chinesas que afrontam os direitos humanos, como a opressão de Pequim contra a minoria uigur, que seria forçada a executar trabalho análogo ao de escravizados.
“Produtos feitos a partir de trabalho forçado não devem entrar no mercado europeu”, disse.