Flávio Dino está no penúltimo ano de seu segundo mandato como governador do Maranhão e coleciona, em comparação a seus homólogos, os melhores números do país de óbitos e casos por 100 mil habitantes de Covid-19.
Mas não foi esse bom retrospecto que o fez ter (alguma) projeção nacional, a despeito da pouca importância econômica de seu estado.
Dino há tempos tem sido um entusiasta da união de um amplo espectro ideológico, do centro, ou quem sabe da centro-direita, até a esquerda, para das sustentação a uma vitória do “campo progressista” nas eleições de 2022.
Como disse a PODER, nesta entrevista especial.
Enquanto isso, ele se destaca em outros campos. Fechou, assim como os governadores Rui Costa, da Bahia, e Camilo Santana, do Ceará, acordos para a compra de doses da vacina russa Sputnik V, desde dezembro utilizada na campanha de vacinação argentina.
Dino esbarrou na morosidade da Anvisa, e foi ao STF exigir uma resposta mais célere da agência de vigilância sanitária, diante das dificuldades da imunização em todo o país. Nesta terça (13), o ministro Ricardo Lewandowski determinou que a resposta seja dada até o fim deste mês de abril.
Com outros 21 governadores, Dino também subscreveu documento endereçado a Joe Biden, sugerindo parcerias dos Estados Unidos com os estados brasileiros em ações de “redução de desigualdades, regeneração ambiental, desenvolvimento de cadeias econômicas verdes e estímulo à adoção de tecnologias para reduzir as emissões de atividades econômicas tradicionais nas Américas”.
O contato com Biden se deu como se não houvesse Jair Bolsonaro e seu ministro do meio ambiente, Ricardo Salles. Ou melhor: deu-se justamente porque há Bolsonaro e Salles.