Para o bem e (muito mais) para o mal, o dia a dia das assembleias legislativas, o poder que fiscaliza as ações dos executivos estaduais e ainda vota suas leis, passa batido nos noticiários.
Competir pela audiência com Brasília, especialmente nos últimos anos, é, de fato, tarefa hercúlea.
Assim, não surpreende que o parlamento paulista, a Alesp, tenha se tornado notícia pelo mau comportamento de um de seus deputados.
Responsável, no final do ano passado, por apalpar o seio da colega Isa Penna (Psol), Fernando Cury (Cidadania) foi punido de maneira muito branda na Comissão de Ética da Casa.
Ele foi suspenso por 119 dias, o tempo limite para que seu mandato não fosse colocado em risco e, mais, para que todo o seu gabinete seguisse recebendo regiamente, como se nada houvesse acontecido.
Mas a decisão problemática foi mal recebida, e a questão volta a ser discutida, agora por todo o plenário, nesta quarta-feira (31).
Enquanto isso, a sociedade civil se move. Uma carta assinada por cerca de 36 mil pessoas, dentre elas os escritores Milton Hatoum e Tony Belotto, as atrizes Patricia Pillar e Alessandra Negrini, o músico Nando Reis e os advogados Augusto Arruda Botelho e Alberto Toron, chegou ao gabinete dos 87 deputados que vão votar a pauta.
A mobilização, chamada “Por uma punição exemplar” foi criada pela escritora Beatriz Bracher e pela gestora cultural Mari Stockler.
Para assinar, entre neste link.