
O relatório Prisma Fiscal, divulgado nesta terça-feira (15), trouxe uma estimativa importante para as contas públicas: um déficit primário de R$ 73,6 bilhões nas contas do governo central para 2025. Essa previsão, feita por economistas consultados pelo Ministério da Fazenda, apresenta uma leve melhora em relação ao mês anterior, quando o valor projetado era de R$ 75,088 bilhões.
Leve melhora, mas cenário ainda é desafiador
Apesar da redução no valor projetado, o número ainda reflete um desafio fiscal significativo para o governo, que precisará tomar medidas para equilibrar suas contas. A projeção de um déficit primário, que ocorre quando as receitas do governo não são suficientes para cobrir suas despesas, mostra que o país ainda enfrentará dificuldades financeiras no próximo ano.
A redução no valor do déficit projetado em relação à estimativa anterior foi uma surpresa positiva, mas os analistas alertam que a recuperação econômica deverá ser mais lenta do que o desejado. O governo precisa avançar em reformas estruturais para reduzir o impacto do rombo nas contas públicas.
Expectativa para 2026 também melhora
A previsão para 2026, embora ainda mostre um déficit significativo, também passou por uma leve redução. Em março, os economistas projetavam um rombo de R$ 79,4 bilhões para o ano seguinte, mas agora a expectativa é de R$ 78,2 bilhões. Mesmo assim, esse valor ainda representa uma pressão contínua sobre as finanças públicas e exige ação do governo para conter o crescimento do déficit.
Inflação e dívida também são questões críticas
O relatório também destacou a projeção de inflação para o próximo ano, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechando em 5,47% em 2025. Embora esse número indique um controle da inflação, ele ainda representa um nível considerável para as finanças do governo, especialmente quando se leva em conta a dívida pública.
Em relação à dívida bruta do governo, a previsão é que ela atinja 80,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até o final de 2025. Esse número é um pouco abaixo do projetado em março, que era de 80,75%. No entanto, a dívida continuará a ser um dos maiores obstáculos para a sustentabilidade fiscal do país.