
As exportações de etanol dos Estados Unidos recuaram com força em fevereiro. De acordo com a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA), o país enviou ao exterior 138,7 milhões de galões, o equivalente a 524,98 milhões de litros. O volume representa uma queda de 30% em relação a janeiro, sinalizando um momento de desaceleração no comércio internacional do biocombustível.
Brasil fica de fora
Um dado chamou a atenção no relatório: o Brasil não importou etanol dos EUA em fevereiro. Essa ausência contrasta com os anos anteriores, quando o país figurava entre os principais destinos do produto americano.
Essa pausa brasileira pode indicar uma mudança estratégica nas compras externas, reflexo de políticas locais, estoques internos ou até de oscilações cambiais. Mesmo assim, no acumulado do ano, os EUA já exportaram 336,8 milhões de galões — o que corresponde a 1,27 bilhão de litros, com alta de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Canadá lidera, mas também recua
Apesar da retração geral, o Canadá manteve a posição de principal comprador de etanol norte-americano. Em fevereiro, o país importou 50,8 milhões de galões (ou 192,28 milhões de litros). No entanto, esse número também representa uma queda de 6% em relação a janeiro.
Mesmo com a leve redução, o mercado canadense continua sendo o mais estável para os produtores dos Estados Unidos. Sua proximidade geográfica e políticas de incentivo à energia renovável ajudam a sustentar essa posição.
Europa reduz, Filipinas avançam
Outro destaque do relatório foi a queda nas exportações para a União Europeia. O bloco reduziu suas compras em 42%, totalizando 17,6 milhões de galões (ou 66,62 milhões de litros) em fevereiro. O movimento pode estar ligado a novos critérios de sustentabilidade ou à competitividade de fornecedores locais.
Por outro lado, as Filipinas aumentaram suas importações em 33%, chegando a 15 milhões de galões (ou 56,78 milhões de litros). O crescimento filipino demonstra que há espaço para diversificação, especialmente em mercados emergentes da Ásia.
Além das exportações em queda, os Estados Unidos também não importaram volumes significativos de etanol em fevereiro. Isso reforça o papel do país como grande exportador global, mas também indica autossuficiência no consumo interno.