Depois da desistência da cardiologista Ludhmila Hajjar, com direito a ataque de reputação à médica pelo bolsonarismo raiz, outro cardiologista, Marcelo Queiroga, decidiu segurar o rojão e assim assume o lugar de Eduardo Pazuello, rifado por Jair Bolsonaro e pelo Centrão.
A nomeação deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) já nesta terça (16).
O cardiologista integrou a equipe de transição do governo Bolsonaro em Brasília, com viés na Saúde. Depois, foi nomeado para assumir uma posição na diretoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Por lá ficou – até agora.
Bolsonaro disse numa entrevista bastante improvisada à saída do palácio do Planalto que “Pazuello fez um excelente trabalho” mas que, agora, vem uma “pessoa mais técnica”.
Por “excelente trabalho”, Bolsonaro entende o desenrolar do programa nacional de imunização. Desconsiderando completamente a ínfima quantidade de brasileiros vacinados em relação à população adulta vacinável, o “PR” diz que o Brasil é o “quinto país que mais vacinou”.
Ah bom.
Queiroga será o quarto ministro da Saúde do governo Bolsonaro e, a julgar pelas dissonâncias entre o presidente e a candidata anterior, Ludhmila Hajjar, lockdown deverá seguir como verbete proscrito na pasta, bem ao contrário da expressão “tratamento precoce”.