
PIB do Brasil pode crescer menos que o esperado em 2025
O mercado financeiro ajustou novamente as projeções para o crescimento da economia brasileira, indicando que o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar menos do que o esperado em 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (17), a estimativa para a expansão econômica caiu de 2,01% para 1,99%. Além disso, a inflação segue pressionando as previsões, ultrapassando a meta estipulada pelo governo.
Crescimento econômico perde fôlego
O recuo nas projeções do PIB não se restringe apenas a 2025. O mercado também revisou para baixo a estimativa de crescimento para 2026, que passou de 1,7% para 1,6%. Para 2027 e 2028, a expectativa se manteve estável, com previsão de 2% de avanço da economia em ambos os anos.
Os especialistas apontam que diversos fatores contribuem para essa desaceleração, incluindo a incerteza sobre o cenário global, o impacto das taxas de juros elevadas e a dificuldade do governo em impulsionar investimentos.
Inflação dá sinal de trégua, mas ainda preocupa
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o principal indicador da inflação, teve uma leve queda nas previsões para 2025. A estimativa passou de 5,68% para 5,66%, marcando a primeira redução após uma sequência de aumentos.
No entanto, para 2026, o mercado elevou a projeção inflacionária de 4,4% para 4,48%. Para os anos seguintes, espera-se que o índice fique em 4% em 2027 e 3,78% em 2028. Mesmo com a recente queda, os números seguem acima da meta estabelecida pelo Banco Central, que prevê um teto de 4,5% para 2025.
Juros seguem elevados para conter preços
O Banco Central continua utilizando a taxa Selic como principal ferramenta para tentar controlar a inflação. Atualmente, os juros básicos estão em 13,25% ao ano, mas o Comitê de Política Monetária (Copom) já indicou que haverá um novo aumento na reunião desta semana, levando a Selic para 14,25% ao ano.
O mercado financeiro prevê que a taxa básica pode chegar a 15% até o fim de 2025. Nos anos seguintes, a expectativa é de um corte gradual, com a Selic ficando em 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.