O custo de vida das famílias de baixa renda aumentou significativamente em fevereiro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 1,48% no mês, acumulando alta de 4,87% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inflação atinge famílias de menor renda
O INPC mede a variação dos preços para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos. Esse grupo sentiu o impacto da inflação com mais força, especialmente devido ao aumento nos custos de energia elétrica, educação e combustíveis.
A alta expressiva no mês de fevereiro foi influenciada, principalmente, pelo aumento no preço da energia elétrica residencial, que subiu 16,8%. O fim do desconto concedido pelo Bônus de Itaipu em janeiro fez as tarifas voltarem a subir, pressionando o orçamento doméstico.
Além disso, os reajustes nas mensalidades escolares no início do ano letivo contribuíram para o avanço do índice. O grupo Educação registrou um aumento de 4,7% no mês, o maior entre os setores analisados.
Alimentos sobem menos, mas ainda pesam no bolso
Por outro lado, os alimentos tiveram um aumento mais moderado em fevereiro. O grupo Alimentação e Bebidas subiu 0,7%, abaixo do 0,96% registrado em janeiro. Alguns produtos essenciais ficaram mais baratos, como a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).
No entanto, itens como café e ovos continuam em alta. A safra reduzida do café e o aumento das exportações de ovos, impulsionado pela demanda externa e pelo calor intenso, mantiveram os preços elevados.
Impacto dos combustíveis na inflação
Outro fator que impulsionou o INPC foi o aumento nos preços dos combustíveis. A gasolina, por exemplo, subiu 2,89%, gerando um impacto significativo no custo de vida. O reajuste no ICMS sobre os combustíveis contribuiu para esse aumento.
A única exceção foi o gás veicular, que apresentou uma leve queda de 0,52%.