Ministros de Lula deixam cargos, votam no Congresso e retornam ao governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou dez ministros na última sexta-feira (31) para permitir que eles participassem da eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Nesta segunda-feira (3), todos foram renomeados e retornaram aos seus respectivos cargos.

A medida fazia parte de uma estratégia política do governo para garantir votos aos candidatos apoiados pelo Palácio do Planalto. A exoneração temporária possibilitou que os ministros, que também possuem mandato no Congresso, participassem diretamente do pleito.

Disputa pelo comando do Congresso

O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi eleito com 444 votos, um recorde na história da Casa. No Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) garantiu a reeleição com 73 votos. Ambos são considerados aliados do governo e devem manter uma relação próxima com o Executivo.

Na manhã desta segunda-feira, os dois parlamentares participaram de uma reunião com Lula no Palácio do Planalto para discutir as prioridades do governo no Congresso Nacional. O encontro também contou com a presença de Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.

Ministros voltam aos cargos

Com o fim da votação, os dez ministros exonerados voltaram a ocupar suas funções. A nomeação foi oficializada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira. Os afetados pela medida foram:

  • Alexandre Padilha (Relações Institucionais)
  • Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária)
  • Juscelino Filho (Comunicações)
  • Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário)
  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome)
  • Camilo Santana (Educação)
  • André Fufuca (Esportes)
  • Luiz Marinho (Trabalho)
  • Celso Sabino (Turismo)
  • Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos)