Nicolás Maduro assumiu seu terceiro mandato presidencial nesta sexta-feira (10), em Caracas, e prometeu implementar uma reforma constitucional para consolidar o que ele chama de “Estado comunal”. O novo mandato de Maduro enfrenta pressões internas e externas, especialmente de potências ocidentais como Estados Unidos, União Europeia e Canadá, que questionam a legitimidade das eleições que o reconduziram ao poder.
A cerimônia de posse contou com cerca de 2 mil convidados internacionais, incluindo representantes de governos, movimentos sociais e culturais. Enquanto isso, nas ruas, manifestantes liderados pela ex-deputada María Corina Machado exigiam que Edmundo González, opositor de Maduro, assumisse a presidência. A oposição alega que houve fraude eleitoral nas eleições de julho de 2024, em que Maduro foi reeleito.
Logo após sua posse, Maduro anunciou a criação de uma comissão para elaborar uma nova Constituição que, segundo ele, fortalecerá a soberania popular e democratizará ainda mais a vida política e social da Venezuela. “Queremos transformar o Estado em uma entidade verdadeiramente democrática, que unifique o país em torno de um projeto comum”, afirmou Maduro.
Enquanto alguns países, como México, enviaram representantes à posse, outros, como Argentina e Chile, condenaram a reeleição de Maduro. Mesmo países historicamente próximos, como Colômbia e Brasil, expressaram reservas sobre a transparência do processo eleitoral, mas enviaram representantes.