O Brasil assumiu oficialmente a presidência do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o país definiu uma agenda focada em temas estratégicos como mudanças climáticas, inteligência artificial e facilitação do comércio.
Agenda de prioridades brasileiras
Entre os pilares centrais da presidência brasileira, destacam-se cinco temas prioritários:
- Promoção da governança inclusiva da inteligência artificial;
- Enfrentamento das mudanças climáticas por meio de financiamento estruturado;
- Estímulo ao comércio e investimentos com novos meios de pagamento;
- Fortalecimento institucional do bloco;
- Cooperação internacional em saúde pública.
O Palácio do Planalto anunciou que mais de 100 reuniões estão previstas entre fevereiro e julho, incluindo a Cúpula do Brics, programada para ocorrer no Rio de Janeiro.
Desafios e oportunidades na liderança do bloco
A presidência do Brics ocorre em um momento de discussões sobre a substituição do dólar como moeda padrão em transações internacionais. Essa proposta, defendida pelo presidente Lula, visa reduzir a vulnerabilidade dos países-membros às oscilações da política monetária norte-americana. No entanto, enfrenta resistência, como a recente ameaça de tarifas dos Estados Unidos.
Além disso, o Brasil lidera o bloco em meio à expansão de seus membros. Novos países, como Irã, Egito e Etiópia, se juntaram ao Brics em 2023. A introdução da categoria de países parceiros também está em debate, ampliando a influência do bloco no cenário global.