A divulgação de uma cotação incorreta do dólar por um site de buscas internacional gerou polêmica nesta quarta-feira (25), feriado de Natal, no Brasil. Apesar de os mercados financeiros estarem fechados, o buscador exibiu o valor de R$ 6,35 para a moeda americana, causando questionamentos sobre a confiabilidade da informação.
AGU intervém no caso
A Advocacia Geral da União (AGU) anunciou que pedirá ao Banco Central informações detalhadas sobre o ocorrido. Segundo nota oficial, o objetivo é reunir subsídios para avaliar possíveis ações contra a plataforma responsável.
“O valor exibido pelo buscador não reflete as condições reais do mercado, especialmente em um dia sem negociações. Estamos trabalhando para esclarecer essa situação”, destacou um porta-voz da AGU.
Reação do Banco Central
Mesmo durante o feriado, o Banco Central colocou parte de sua equipe de plantão para colaborar com o caso. Gabriel Galípolo, presidente interino do BC, afirmou que os dados solicitados pela AGU estarão disponíveis a partir desta quinta-feira.
O contrato futuro de dólar, que encerrou na última sessão antes do feriado a R$ 6,2050, reforça a discrepância entre o valor real e o divulgado. A cotação à vista, por sua vez, fechou ainda mais baixa, em R$ 6,1851.
Origem da falha
O site de buscas atribuiu o erro a informações provenientes de seus provedores de dados financeiros, destacando a Morningstar como responsável pela coleta e divulgação. “Trabalhamos continuamente com nossos parceiros para garantir precisão nas informações exibidas”, informou a empresa em comunicado.
Especialistas sugerem que a inconsistência pode ter sido causada por falhas no sistema de atualização ou na integração de dados fornecidos por terceiros.