Parlamento sul-coreano aprova impeachment de Yoon Suk Yeol após polêmica lei marcial

Foto Reprodução Internet/ AFP
No último sábado (14), o Parlamento da Coreia do Sul aprovou o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, intensificando uma crise política que já é considerada a mais grave das últimas décadas no país. A decisão foi tomada após a polêmica declaração de lei marcial pelo presidente, posteriormente revogada, que alarmou tanto a oposição quanto parte de seus próprios aliados.

Com 204 votos a favor entre os 300 parlamentares, Yoon foi imediatamente afastado, e o primeiro-ministro Han Duck-soo assumiu interinamente. No entanto, a destituição definitiva ainda depende do Tribunal Constitucional, que terá até seis meses para decidir se mantém ou rejeita o impeachment. Para a decisão ser confirmada, pelo menos seis dos nove juízes do tribunal precisam votar favoravelmente.

A declaração de lei marcial por Yoon foi amplamente criticada e vista como uma ameaça à democracia do país. Protestos tomaram as ruas de Seul nos últimos dias, com manifestantes exigindo mudanças e expressando descontentamento com o governo.

Embora a oposição, liderada pelo Partido Democrata, celebre a votação como uma vitória, o cenário político sul-coreano permanece incerto. Caso o impeachment seja confirmado, novas eleições presidenciais deverão ser convocadas em até 60 dias.

Entre os possíveis candidatos está Lee Jae Myung, líder do Partido Democrata, que perdeu para Yoon em 2022 por uma margem apertada. No entanto, ele enfrenta desafios legais que podem comprometer sua candidatura.

A crise em torno de Yoon Suk Yeol reforça a fragilidade do cenário político no país e abre um novo capítulo na história democrática da Coreia do Sul, colocando em evidência os desafios institucionais e os embates internos que continuarão a marcar os próximos meses.

Fonte: BBC