Tarifas de energia ficarão mais caras com alta de subsídios no setor elétrico

Tarifas de energia ficarão mais caras com alta de subsídios no setor elétrico
Torres de geradores de energia eólica no Rio Grande do Norte. Foto: Miguel Ângelo/CNI

O orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), responsável por concentrar subsídios no setor elétrico, deve ultrapassar o marco inédito de R$ 40 bilhões em 2025. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentará a proposta preliminar nesta terça-feira, marcando um novo patamar de custos compartilhados entre todos os consumidores brasileiros.

CDE: O que ela cobre?

A CDE reúne diferentes tipos de incentivos e subvenções. Entre eles, destacam-se:

  • Tarifa social: desconto para consumidores de baixa renda.
  • Luz para Todos: programa que universaliza o acesso à energia elétrica.
  • Incentivos à agricultura irrigada: apoio aos produtores rurais.
  • Fomento a fontes renováveis: subsídios para geração eólica e solar.

Esses programas, fundamentais para políticas sociais e ambientais, são financiados por meio das contas de energia de consumidores residenciais, comerciais e industriais.

Por que os custos estão aumentando?

O orçamento da CDE saltou de R$ 16,2 bilhões em 2019 para R$ 37,1 bilhões em 2024, e agora a previsão é atingir R$ 41 bilhões. Um dos principais fatores para esse aumento é o custo dos incentivos às fontes renováveis. Quando tecnologias como eólica e solar eram pouco desenvolvidas, os subsídios se mostravam essenciais. Contudo, especialistas apontam que, com o crescimento e a consolidação dessas fontes, é necessário reavaliar a continuidade desses benefícios.

A alta no orçamento da CDE significa que os consumidores brasileiros continuarão a sentir os efeitos no valor final de suas contas de luz. De acordo com analistas, a tendência de aumento nas tarifas segue a lógica de um setor que enfrenta desafios constantes para equilibrar os custos sociais, ambientais e econômicos.