O governo federal está focado em ajustar as despesas obrigatórias e redefinir prioridades fiscais para equilibrar as contas públicas. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, os debates sobre a reforma do Imposto de Renda devem ocupar a agenda do primeiro semestre de 2025. As mudanças, que incluem a ampliação da isenção para pessoas físicas e a taxação de ricos, têm previsão de implementação em 2026.
Revisão de gastos é prioridade
Participando de um fórum político organizado pela XP Investimentos, Durigan destacou a necessidade de focar em cortes imediatos. O pacote, apresentado na semana passada, propõe medidas como a contenção do aumento do salário mínimo, mudanças no abono salarial e ajustes na aposentadoria de militares.
“A aprovação dessas propostas reduzirá a pressão sobre as despesas obrigatórias em 2025 e 2026, criando um ambiente fiscal mais estável para o futuro”, afirmou Durigan. Ele também ressaltou a importância de garantir que as políticas sociais, como o auxílio gás, sejam incluídas no orçamento sem incertezas.
Reforma do IR em pauta
A reforma do Imposto de Renda também trará mudanças significativas, tanto para pessoas físicas quanto para empresas. O governo pretende elevar o limite de isenção para R$ 5 mil, beneficiando milhões de brasileiros. Ao mesmo tempo, ajustes na tributação corporativa buscam equilibrar as alíquotas aplicadas às empresas no Brasil, que estão entre as mais altas do mundo.
“Atualmente, o imposto corporativo total no Brasil pode chegar a 34%, enquanto a média da OCDE é de 23,6%. É essencial promover um sistema mais competitivo para atrair investimentos”, explicou o secretário.