A Guararapes, controladora da Riachuelo e presidida por Flávio Rocha no Conselho, alcançou resultados expressivos no terceiro trimestre de 2024. A combinação de crescimento com aumento de margens foi descrita pelo CEO André Farber como “mágica”, em grande parte impulsionada pela integração entre a fábrica e as equipes de moda e varejo, que permitiu ajustes rápidos nas coleções.
As receitas líquidas de mercadorias cresceram 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 1,707 bilhão. O crescimento nas vendas nas mesmas lojas foi de 10%. Já o EBITDA ajustado consolidado — métrica que avalia a geração de caixa operacional — teve um salto de 90,5%, alcançando R$ 350 milhões.
Outro destaque foi a redução significativa da dívida líquida, que caiu quase 50% em um ano. Com isso, a alavancagem passou de 1,9x para 0,6x em relação ao EBITDA, reforçando a saúde financeira da companhia.
“Temos trabalhado intensamente nos últimos 18 meses para ampliar a integração entre a fábrica e o varejo, o que nos dá maior agilidade para oferecer produtos competitivos”, explicou Farber. Esse avanço foi possível graças à integração de equipes, à adoção de novos sistemas e ao monitoramento constante de indicadores de desempenho.
Com uma equipe de 10 mil trabalhadores na fábrica e mais de 300 profissionais dedicados à área de moda, a empresa se prepara para novos investimentos. “Agora temos condições de investir em remodelação de lojas e na expansão da rede. Esses projetos haviam sido adiados até que os resultados apresentassem melhora”, afirmou o CEO.
Esses avanços reforçam o posicionamento da Guararapes no mercado, mirando crescimento sustentável e consolidação no setor de varejo.
Fonte: Brazil Journal / Bloomberg