Alexandre Kalil também terá que fazer o ressarcimento aos cofres públicos
A Justiça de Minas Gerais aceitou uma ação civil pública do Ministério Público contra o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, acusado de improbidade administrativa. A decisão, proferida pela juíza Denise Canedo Pinto da 2ª Vara de Feitos da Fazenda Pública de Belo Horizonte, impõe também o ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 103 milhões. A quantia se refere a contratos firmados entre a prefeitura e a empresa Perfil 252, de propriedade do empresário Cacá Moreno.
Além de Kalil, figuram como réus na ação o ex-secretário de governo Adalclever Lopes, a servidora Adriana Branco e o empresário Cacá Moreno. Os envolvidos dispõem de um prazo de 30 dias para apresentar suas defesas formais. Subsequentemente, o Ministério Público terá 15 dias adicionais para oferecer sua réplica.
A acusação central envolve o suposto uso indevido de recursos públicos por parte de Alexandre Kalil para financiar uma pesquisa eleitoral em benefício próprio durante sua campanha ao governo estadual em 2022. Segundo a denúncia, Adalclever Lopes teria pressionado Cacá Moreno para custear a pesquisa com o intuito de facilitar a renovação de contratos já existentes com a administração municipal.
De acordo com a CNN, o pagamento pela pesquisa, de R$ 60 mil, ocorreu em duas parcelas em nome da empresa Perfil 252. Posteriormente, os contratos entre a empresa e a prefeitura tiveram prorrogação para cobrir o período entre 2021 e 2023. Tais contratos foram anulados pela decisão judicial atual. Até o momento, as defesas dos implicados não se manifestaram oficialmente sobre o caso.