A pasta comparou vício em bets ao uso de drogas
Em um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério da Saúde enfatizou a importância de melhorar o atendimento para pessoas com vício em jogos. Além disso, equiparou esse tratamento ao oferecido a alcoólatras e dependentes químicos.
O documento foi um anexo do processo que analisa a legalidade das bets no Brasil. O relator, ministro Luiz Fux, agendou uma audiência pública sobre o assunto para o dia 11 de novembro. Enquanto isso, a pasta designou uma representante para participar.
De acordo com a CNN, a nota técnica da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde fez a associação. “O cuidado deve ser orientado por intervenções semelhantes àquelas voltadas ao uso de álcool e outras drogas, considerando as suas especificidades”. O texto destaca uma “relação direta entre sofrimento mental e o comportamento de jogo problemático”. Além disso, observou que o vício pode provocar problemas de saúde mental ou agravar condições já existentes.
Além disso, o Ministério defende que todos os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) “devem ser qualificados e fortalecidos para atender às demandas relacionadas ao jogo”.
A pasta ressalta que, embora o transtorno do jogo tenha reconhecimento na literatura especializada há décadas, os jogos online trazem características que ampliam a gravidade do problema. Apesar de reconhecer a necessidade de adaptações, o Ministério afirma que todas as unidades de saúde mental do Sistema Único de Saúde (SUS) estão preparadas para acolher apostadores compulsivos e oferecer o tratamento necessário.