João Doria chama isso de “não ter compromisso com o erro”. Foi o que ele disse quando rapidamente retornou de uma viagem a Miami em pleno lockdown paulista, lockdown que ele decretou, logo após o Natal.
Ter sido visto sem máscara também não ajudou em nada.
Seus opositores no Planalto provavelmente irão se lembrar disso por meses, especialmente no segundo semestre do ano que vem, caso Doria consiga viabilizar sua candidatura presidencial.
Nos Estados Unidos, o senador republicano Ted Cruz, da guarda pretoriana de Donald Trump, está enfrentando seu momento João Doria.
Ele trocou seu Texas natal por Cancún em meio às nevascas de inverno, que chegaram ao sul dos Estados Unidos como tempestade. “Com a semana escolar cancelada, nossas filhas pediram para viajar com amigos. Queria ser um bom pai”, disse.
A desculpa talvez fosse boa não houvesse uma crise de energia e abastecimento no Texas provocada pela severidade do clima e, principalmente, pelo fato de Cruz ser um crítico contumaz de políticos que deixam seus estados durante crises, como o prefeito de Austin, Steve Adler.
Se bom pai e mal senador ou não, importa dizer que Cruz experimenta agora do próprio veneno.