A candidata a vereadora por São Paulo, Léo Áquilla (MDB), relatou que alguém a atacou a tiros na noite de quinta-feira (26), na Rodovia Presidente Dutra, na altura do Parque Novo Mundo, zona norte da capital. No momento do incidente, Léo estava acompanhada por um assessor.
Ainda assim, Áquila classificou o atentado como “tentativa de homicídio”. Por meio de nota divulgada nas redes sociais, a assessoria da candidata informou: “Comunicamos a todos os apoiadores, amigos e familiares, que Léo Áquilla foi vítima de uma tentativa de homicídio esta noite. Estamos tomando todas as medidas cabíveis”.
De acordo com informações obtidas pelo UOL, a candidata estava dentro de seu carro quando foi abordada por um suspeito. Além disso, o criminoso, que estava em uma motocicleta, teria simulado uma colisão com o veículo de Áquilla. Após o suposto acidente, Léo saiu do carro, momento em que o suspeito disparou contra o veículo e fugiu. No entanto, apesar dos disparos terem atingido o carro, tanto Léo quanto seu assessor não foram feridos.
A Polícia Civil de São Paulo abriu um inquérito para investigar o ataque. A Secretaria de Segurança Pública do estado informou que a perícia foi realizada e o caso está sendo tratado como tentativa de homicídio no 73° Distrito Policial (Jaçanã).
Léo Áquila relatou que foi prestar socorro a homem
Áquilla disse que desceu do automóvel para prestar socorro ao homem por acreditar que tivesse ocorrido um acidente. “Passou uma moto por mim, do lado direito, bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Levei um susto e parei imediatamente no acostamento pra prestar socorro para o cara e saber se estava tudo bem. Ele veio no acostamento na contramão em direção ao meu carro. Do nada ele chegou perto do meu carro e começou a acelerar, mas aquela aceleração ensurdecedora, um barulho muito alto, e junto vi o movimento de sacar uma arma. E quando eu me abaixei ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”, declarou em entrevista.
Em suma, sendo uma mulher trans, ela atribui os ataques a sua atuação em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+. “Eu tenho recebido muitas ameaças porque eu combato transfobia, eu combato lgbtfobia, eu defendo mesmo a comunidade, aí eu vivo recebendo ameaças. Eu já pedi para que as autoridades me dessem escolta e ninguém acreditou em mim. Estão esperando o quê, que realmente me matem como quase aconteceu hoje?”.
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