O horário de verão acabou em 2019, durante o primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Nesta quinta feira (19), o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico realizará uma reunião extraordinária para debater sobre o temas da área. Eles apresentarão um plano de contingência para evitar apagões e garantir segurança no fornecimento de energia elétrica no Brasil até 2026. Uma possível volta do horário de verão também será tema de discussão que acontecerá no Rio de Janeiro.
De acordo com a CNN, o comitê é formado pelas principais autoridades do setor de energia. O ministro e secretários do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e Empresa de Pesquisa Energética e outros participarão da reunião.
O governo tem se preocupado com o setor porque o Brasil passa pela pior seca dos últimos 94 anos. Além disso, com a chegada do calor, o país deverá enfrentar os mais altos picos de consumo. Isso impacta a produção de energia nas hidrelétricas diretamente. Isso porque os rios que abastecem os reservatórios das usinas estão com um volume abaixo da média histórica, principalmente no Norte do país.
Por conta disso, houve o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras e poluentes, ou o gasto com a reserva estratégica de água em outras usinas para enfrentar o período seco no Sudoeste e Centro-Oeste. Com as termelétricas, por exemplo, houve a mudança nas bandeiras tarifárias para o nível máximo em setembro, o que aumentou a conta de energia em quase 10%.
Horário de Verão
O comitê também conversará sobre a proposta de retorno do horário de verão. Durante uma entrevista à Rádio Itatiaia nesta semana, o ministro Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o horário de verão passa a ser uma realidade “muito premente” do ponto de vista energético, até para evitar que a conta elétrica aumente.
O horário de verão acabou em 2019, no primeiro ano de mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na época, a motivação era de que a economia de energia era baixa e não justificava a medida. A ação serve para adiantar o relógio em uma hora nos meses de verão e, dessa forma, dá para aproveitar a luz natural por um período maior. Com isso, diminuiria a necessidade de se ligar aparelhos como lâmpadas elétricas por um tempo maior, o que poderia reduzir a demanda de uso.