A partir do dia 20 de agosto, o Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, convida o público a explorar a exposição inédita “Onde termina a árvore e começa o resto do mundo?”, da fotógrafa Daniela Balestrin. Parte da quarta mostra do programa Nova Fotografia 2024, a série ficará em cartaz até o dia 29 de setembro, na sala Maureen Bisilliat, com entrada gratuita.
O programa Nova Fotografia, realizado anualmente pelo MIS, tem como objetivo revelar e apoiar novos talentos no campo da fotografia. Seis fotógrafos são selecionados a cada ano através de uma convocatória pública e recebem a oportunidade de exibir suas obras em uma exposição individual. As séries escolhidas são avaliadas por sua originalidade técnica e estética, garantindo que o público tenha acesso a trabalhos inovadores e instigantes. Após a exibição, essas obras passam a integrar o acervo do museu, reforçando o papel do MIS na preservação e promoção da fotografia contemporânea.
A mostra de Daniela Balestrin, intitulada “Onde termina a árvore e começa o resto do mundo?”, é composta por 32 polípticos, desenvolvidos entre os anos de 2022 e 2023. A fotógrafa utiliza filmes analógicos nos formatos 135 e 120, e suas obras são organizadas em conjuntos de quatro imagens que aludem à estrutura poética dos sonetos. Essa composição oferece uma narrativa visual que busca explorar a interação entre o real e o imaginário, criando um diálogo entre as imagens que convida o espectador a uma reflexão profunda sobre o cotidiano e a existência.
A série se destaca por sua abordagem lírica e intimista, onde elementos naturais, como árvores, rios e flores, são utilizados para construir metáforas visuais. Cada políptico funciona como uma estrofe, onde as imagens se conectam para formar uma narrativa contínua e harmônica. A exposição não apenas apresenta a técnica apurada de Balestrin, mas também revela sua capacidade de transformar cenas cotidianas em composições poéticas, oferecendo ao público uma experiência imersiva e contemplativa.
Daniela Balestrin, que começou sua carreira na fotografia de forma autodidata enquanto ainda trabalhava como servidora pública, traz para suas obras uma profunda conexão com sua vida pessoal e seu entorno. A partir de 2020, ela decidiu se dedicar integralmente à fotografia, mergulhando na técnica analógica e explorando colagens com material autoral e arquivos familiares. Sua obra é marcada por uma busca incessante por significado e por uma tentativa de captar a essência do que está além do visível, criando imagens que dialogam com o inconsciente coletivo e com as emoções mais profundas.
O programa Nova Fotografia tem desempenhado um papel crucial na cena cultural paulistana, proporcionando uma plataforma importante para que novos fotógrafos possam apresentar seus trabalhos ao público. As exposições do projeto são conhecidas por desafiar os limites da fotografia tradicional, oferecendo ao público uma visão ampliada das possibilidades artísticas dessa linguagem.
“Onde termina a árvore e começa o resto do mundo?” estará em exibição na sala Maureen Bisilliat, no MIS, até o dia 29 de setembro. A entrada é gratuita, e a exposição está aberta de terça a domingo, com horários estendidos nos finais de semana. A iniciativa conta com o apoio de várias empresas e instituições, reafirmando o compromisso do MIS em promover a cultura e incentivar novos talentos no campo das artes visuais.