Apoiadores do governo querem aproveitar a mudança de regras do WhatsApp em fevereiro, quando será necessário compartilhar dados com o Facebook, para migrar para outros aplicativos de comunicação, como o Telegram.
Trata-se de uma mudança dramática, pois o que será da corrente demensagens entre caminhoneiros, tios do churrasco, gozadores da ex-presidente Dilma Rousseff e apoiadores de primeira hora de Bolsonaro sem o WhatsApp?
“No modelo de associação política estimulada por algoritmos, fica claro que prevalece a intolerância. Mas precisamos de mais respeito ao próximo, pois ele é o princípio da democracia”, roga o cientista político Marcos Pires, da Universidade de Brasília (UnB).
Neste sentido, ganha relevância um inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) que tenta mostrar que liberdade de expressão não é um direito absoluto; pode configurar crime quando representa ameaça à integridade das pessoas.
“Liberdade de expressão”, como se sabe, é a expressão que governistas, seguidores e negacionistas da ciência costumam usar quando contas usadas para propagar notícias falsas e ataques de ódio são suspensas ou recebem marcas pelas próprias plataformas.