A zona do euro enfrenta uma preocupante desaceleração econômica, conforme indicado por pesquisas PMI que apontam para uma possível recessão. Em dezembro, a atividade empresarial na região sofreu uma queda acentuada, com Alemanha e França experimentando declínios significativos em ambos os setores, serviços e indústria.
Os dados oficiais do último trimestre já revelaram uma contração de 0,1% na economia da zona do euro, e as pesquisas do PMI de dezembro confirmam uma nova contração de 0,1%, marcando dois trimestres consecutivos de retração econômica – a definição técnica de recessão.
O PMI Composto preliminar, compilado pela S&P Global, caiu para 47,0 em dezembro, abaixo das expectativas, sinalizando o sétimo mês consecutivo abaixo do limiar de 50 que separa crescimento de contração. O BCE reduziu as previsões de crescimento para 2023 e 2024, intensificando as preocupações sobre o futuro econômico.
Na Alemanha, a situação recessiva se agravou, apontando para uma possível recessão no final do ano. Na França, a atividade diminuiu mais rapidamente do que o previsto, agravada pela deterioração da demanda por bens e serviços.
O PMI da indústria de serviços atingiu seu nível mais baixo em três anos, refletindo a crescente incerteza econômica. Empresas na zona do euro reduziram o pessoal pelo segundo mês consecutivo, enquanto o índice composto de emprego atingiu o menor nível em três anos.
O BCE, diante desses desafios, revê suas estratégias, com indicativos de que o próximo passo pode ser a redução das taxas de juros. As fábricas na união monetária continuam enfrentando dificuldades, mantendo-se abaixo do limiar de crescimento há 18 meses consecutivos.
Embora os gerentes de fábricas expressem otimismo para o próximo ano, o cenário imediato é sombrio. A Grã-Bretanha mantém um crescimento acelerado, enquanto a zona do euro enfrenta um jogo de espera, com redução nas expectativas de melhoria a curto prazo. O BCE, por sua vez, enfrenta decisões cruciais para estabilizar a economia da região.