Tutela das Histórias Indígenas: Exposição no MASP apresenta Manto Tupinambá

Duhigó, Nepu Arquepu [Rede Macaco] [Monkey Hammock], 2019

De 24 a 29 de outubro de 2023, o MASP abre as portas para um tesouro da cultura indígena brasileira: o “Manto Tupinambá da Serra do Padeiro,” habilmente confeccionado por Glicéria Tupinambá. Essa obra está em exibição no núcleo “Tempo não tempo,” composto por criações de artistas indígenas brasileiros, como parte da abrangente exposição “Histórias Indígenas.” Este projeto é apresentado em diálogo com a Sala de vídeo: Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortagua, que foi inaugurada simultaneamente à exposição, proporcionando uma visão única da riqueza da cultura indígena. 

O “Manto em Movimento” é o coração desse projeto especial, uma viagem que durará quatro meses e levará o “Manto Tupinambá da Serra do Padeiro” a diferentes espaços e instituições que generosamente o receberão. Glicéria Tupinambá, uma artista do povo Tupinambá da Serra do Padeiro, localizado no município de Buerarema, no extremo Sul da Bahia, propõe uma releitura dos mantos antigos produzidos por seu povo, desde o século 17 até o período colonial. O objetivo é revelar a potência dessa tecnologia ancestral na contemporaneidade e estimular o debate sobre o direito à ancestralidade e a cosmologia do povo Tupinambá. 

Desde setembro, o “Manto” já visitou diversas instituições, incluindo a Casa do Povo, o Museu das Culturas Indígenas, a Aldeia Kalipety, a Pinacoteca de São Paulo, o Museu do Ipiranga, a Aldeia Tapirema e a Ocupação Nove de Julho. Essa iniciativa é acompanhada por uma exposição documental da artista na Casa do Povo, que permanecerá em exibição até 9 de dezembro deste ano. 

A exposição coletiva “Histórias Indígenas” é fruto de uma colaboração entre o MASP e o Kode Bergen Art Museum. Através da arte e das culturas visuais, essa exposição apresenta uma ampla gama de perspectivas das histórias indígenas da América do Sul, América do Norte, Oceania e Regiões Nórdicas. 

A Sala de vídeo: Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortagua apresenta o longa-metragem inédito “Quando o Manto fala e o que o Manto diz” (2023). Esse filme destaca a importância da indumentária como um símbolo da memória e da resistência do povo indígena, explorando o processo de confecção de um “Manto Tupinambá.” 

Os curadores que deram vida a essa exposição são: Abraham Cruzvillegas (Cidade do México); Alexandra Kahsenni:io Nahwegahbow, Jocelyn Piirainen, Michelle LaVallee e Wahsontiio Cross (National Gallery of Canada, Ottawa); Bruce Johnson-McLean (National Gallery of Australia, Camberra); Edson Kayapó, Kássia Borges Karajá e Renata Tupinambá, curadores-adjuntos de arte indígena, MASP; Irene Snarby (Kode Bergen Art Museum/Tromsø, Noruega); Nigel Borell (Auckland, Nova Zelândia); e Sandra Gamarra (Lima, Peru). 

A coordenação curatorial desse projeto é de responsabilidade de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Guilherme Giufrida, curador assistente do MASP. Com a curadoria de Renata Tupinambá, curadora-adjunta de arte indígena do MASP, e o valioso contributo do comitê curatorial, que inclui Glicéria Tupinambá, Augustin de Tugny, Benjamin Seroussi, Caio Lescher, Fernanda Pitta, Juliana Caffé e Juliana Gontijo, essa exposição oferece uma visão única e envolvente das narrativas indígenas. 

SERVIÇO

Manto em Movimento no MASP

24–29.10.2023

Exposição Histórias indígenas

20.10.2023–25.2.2024

 

 

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