A inflação no Brasil surpreendeu em setembro ao atingir 0,26%, principalmente devido ao aumento de 2,80% no preço da gasolina. O acumulado de 12 meses chegou a 5,19%, superando as projeções anteriores. Embora os preços dos alimentos para consumo em casa tenham continuado a cair, o aumento nos preços da gasolina e da energia elétrica residencial compensou essa queda.
O setor de transportes foi fortemente afetado pelo aumento da gasolina, enquanto o grupo de habitação se destacou devido ao aumento nos preços da energia elétrica residencial. A queda nos preços de alimentos como batata-inglesa, cebola, ovo de galinha, leite longa vida e carnes foi contrabalançada pelo aumento nos preços do arroz e tomate.
O índice de difusão, que mede o percentual de subitens do IPCA que registraram aumento de preços, diminuiu para 43% em setembro, o menor nível desde julho de 2017.
O Banco Central continua a reduzir a taxa básica de juros, a Selic, visando controlar a inflação. O comportamento futuro da inflação está sob observação, com atenção especial aos impactos de eventos geopolíticos e condições climáticas, como a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.