Se o apocalipse climático começar amanhã, os habitantes de Teresina, a pujante capital do Piauí, poderão dizer que estão de há muito preparados. Para o forasteiro que chega de avião não há como não se impressionar com o bafo que o recebe assim que coloca o pé para fora da aeronave.
Mas a única capital interiorana do Nordeste não é 100% aridez. Os rios Poty e Parnaíba cortam e refrescam a cidade, e o encontro dos dois, protegido pelo Parque Ambiental, é uma das atrações turísticas da cidade. Ali ao lado fica o distrito Poty Velho, com fabriquetas de artesanato que podem valer a visita. Não muito longe da ponte estaiada – sim, temos! – está outro parque, o Potycabana, que tem daqueles letreiros instagramáveis com a frase Theamo (o “the” de, supostamente, Teresina).
Um restaurante para marcar a visita? Vá ao Favoritos Comidas Típicas, com baião e paella piauiense.
Teresina, que vem se destacando no Nordeste pelo turismo médico, faz aniversário na próxima quarta-feira (16) e eventos devem ocorrer na cidade, notadamente no Sesc Cajuína. Às 17h tem ainda bolo coletivo de aniversário no Poty Velho.
As distâncias no Piauí não são exatamente suaves, mas dois parques nacionais do estado valem ser conhecidos. Para a Serra da Capivara melhor estar baseado em Petrolina (PE), já que são cerca de 500 quilômetros de Teresina, mas Sete Cidades está a possíveis 200, sempre pela BR-343, rodovia que vai até Parnaíba.
As tais sete cidades são agrupamentos rochosos com formações que podem lembrar efetivamente minicidades. Há pinturas rupestres, nascentes e, sobre as pedras, uma quantidade interminável de mocós, o roedor típico da região. Pergunte aos guias sobre a flora da região. Apesar de área de transição para a caatinga, há espécies frondosas e fundamentais para manter a vida da fauna do bioma.