O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, participou nesta quarta (26) de uma reunião em Brasília com os governadores do Consórcio do Nordeste, criado durante a pandemia para dar uma resposta ágil às dificuldades de relacionamento dos mandatários com o governo federal, então sob comando de Jair Bolsonaro. Costa disse que os governadores da região devem fazer pressão pela aprovação da reforma tributária com o fim do recesso parlamentar.
Na votação da primeira parte da reforma, na Câmara, governadores das regiões Sul e Sudeste foram à Brasília conversar com as bancadas estaduais a fim de que questões sensíveis de mudanças de arrecadação e de isenções não prejudicassem seus próprios estados. Costa mencionou isso na sua conclamação: “Vimos governadores de outras regiões presentes fisicamente na votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. É preciso que estejamos lá para que a legislação aprovada trate com equidade as regiões brasileiras”, disse.
Costa esteva hiperativo na reunião, e criticou ainda a Codevasf, estatal responsável por obras contra a seca em áreas banhadas pelo rio São Francisco que se tornou o desaguadouro preferencial do famigerado orçamento secreto, em que emendas de pouquíssima transparência eram destinadas para currais eleitorais da região nos últimos anos. Disse que a estatal opera “de forma incipiente” e quer uma PPP, parceria público-privada, na execução dos recursos ali.
No dia anterior, o ministro já havia marcado nova data para o lançamento do “novo PAC”, o tal programa de incremento de infraestrutura que leva o mesmo nome do programa do segundo mandato de Lula que ajudou a eleger a então “mãe do PAC”, Dilma Rousseff, em 2010. Depois de quatro adiantamentos, agora vai: é para agosto, segundo o ministro.