Por Bernardo Bittar, de Brasília
Quando não está no ministério do Meio Ambiente, o ministro Ricardo Salles costuma visitar dois restaurantes em Brasília, o Bloco C, mais contemporâneo, e o italianíssimo A’Mano.
Nesta semana, Salles reclamou do assédio da imprensa, principalmente sobre as especulações de que a cabeça dele estaria pela enésima vez a prêmio.
Acontece que o ministro é um dos queridinhos do presidente Jair Bolsonaro, de quem recebeu apoio em todas as muitas crises em que se envolveu, como a falta de empenho do ministério nas queimadas da Amazônia e a briga com seu colega de Esplanada, general Luiz Eduardo Ramos, da secretaria de Governo, a quem chamou de “Maria Fofoca”.
“Se há rusga, tem que resolver intramuros”, disse o vice-presidente Hamilton Mourão, que, por presidir o Conselho da Amazônia, é sempre perguntado sobre o destino do colega.
Bolsonaro disse, em uma de suas últimas afirmações públicas sobre o secretário, que Salles é “excepcional”. Motivo pelo qual, se vier a deixar a pasta, vai continuar na tropa de frente do governo.